logo

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

[saúde] Obesidade contribui para surgimento de 8 tipos de câncer, diz ciência

fat business man use scale to measure his waistline
Avaliação da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) alerta que estar acima do peso aumenta as chances de desenvolver o câncer de tireoide, doença que afetou quase 7 mil brasileiros em 2016 – Instituto Nacional de Câncer (INCA). Além deste tipo de câncer, a avaliação também atribui o aparecimento de outros sete tipos da patologia (estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, ovário, meningioma e mieloma múltiplo) em virtude do ganho de peso.

Muito ouve-se sobre a tireoide, mas pouco sabe-se sobre ela. A tireoide é uma glândula localizada próxima à garganta que produz e libera hormônios que contêm iodo, triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), responsáveis por regular a função de diversos órgãos, auxiliando no crescimento e equilíbrio metabólico do organismo.

Para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), 60% da população brasileira terá algum nódulo ao longo da vida, e cerca de 5% desses serão cancerosos. A presença de nódulos benignos na tireoide não é anormal, no entanto, é necessário ter atenção. Apesar da frequência com que os nódulos são identificados no dia a dia clínico, dois fatores chamam a atenção: o sobrepeso e o gênero.

“O excesso de gordura favorece o câncer por diversas maneiras. Ele causa um processo inflamatório crônico e modifica a resposta imunológica do organismo e aumenta níveis de insulina, o que favorece a multiplicação de células malignas e aumenta níveis de hormônios que podem estimular o desenvolvimento do câncer. Outro indicador importante é que a doença acomete 5 vezes mais mulheres do que homens”, ressalta Dra. Débora Danilovic, Médica da Unidade de Tireoide do Laboratório de Endocrinologia Celular e Molecular (LIM 25) da Faculdade de Medicina da USP e médica assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

No Brasil, o número de pessoas com sobrepeso ultrapassou os 53,9%, dentro dessa porcentagem a faixa etária que mais corre riscos está entre 45 e 64 anos, e do total de obesos, 50,8% são mulheres (Vigitel 2015). A especialista reforça ainda que “embora a patologia possa ocorrer em indivíduos de diferentes gêneros, a população feminina está mais suscetível”.

Como tratar

Apesar de ser uma doença com progressão lenta, o diagnóstico precoce é essencial para o combate ao câncer. Na maioria dos casos, os pacientes diagnosticados ainda na fase inicial e com acesso ao tratamento correto conseguem minimizar impactos no seu bem-estar. Além da palpação do nódulo, sintomas como dificuldade de engolir, problemas respiratórios, inchaço na região do pescoço, rouquidão e alterações na voz são sinais de alerta que acompanham a doença.

Quando diagnosticado, o tratamento se dá pela cirurgia para a retirada da tireoide e, posteriormente, com a reposição de seu hormônio, que substitui a glândula ao longo da vida. Em alguns casos, além da cirurgia, o tratamento é complementado por terapias com iodo radioativo.

Nos tipos mais agressivos e estágios mais avançados da doença, com metástase, as lesões podem ser resistentes a esses tratamentos e não respondem bem a quimioterapia. O paciente tem como opções então o tratamento com sorafenibe, aprovado pela ANVISA, que inibe o crescimento do câncer e reduz a formação dos vasos sanguíneos que o nutrem, ou a participação em estudos clínicos que investigam novos agentes terapêuticos.
Fonte: Notícias ao Minuto

Nenhum comentário:

Postar um comentário