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sábado, 20 de maio de 2017

[política] Temer e Aécio agiam juntos para impedir avanço da Lava Jato, diz Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que o presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato. A afirmação consta da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin que determinou a abertura de inquérito para investigar Temer, Aécio e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.

O inquérito está relacionado ao acordo de delação de executivos do frigorífico JBS. A decisão foi divulgada nesta sexta (19).

"Além disso, verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.

"Desta forma, vislumbra-se também a possível prática do crime de obstrução à Justiça", completa o procurador-geral da República.

No pedido para investigar Temer e Aécio, a procuradoria afirma que o senador teria "organizado uma forma de impedir que as investigações [da Lava Jato] avançassem por meio da indicação de delegados que conduziriam os inquéritos, direcionando as distribuições."

[política] Peritos veem cortes na gravação de Joesley com Temer

Gravação feita pelo delator Joesley Batista, da JBS, da conversa que ele teve com o presidente Temer, no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março, será um dos pontos mais discutidos durante a investigação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal contra o presidente da República. O áudio foi entregue pelo empresário à Procuradoria Geral da República dentro de um acordo de delação premiada. Os jornais "Folha de S.Paulo" e "O Estado de S. Paulo" deste sábado trazem reportagens ouvindo peritos sobre o áudio da conversa do delator com o presidente.

Os peritos detectaram o que classificam de interrupções ou edições. Um deles diz que não é possível afirmar o que as provocou, se defeito no gravador ou outro motivo.

Os peritos ressalvam que não há sinais de mudança na parte fundamental da gravação: quando Joesley diz que zerou suas pendências com Eduardo Cunha e ficou de bem com o ex-deputado preso em Curitiba, ouvindo em outro trecho, a seguir, o presidente incentivar, dizendo “isso tem que continuar, viu”. Para o perito ouvido pela "Estadão", o mesmo ocorre na parte em que o presidente Temer ouve de Joesley que está manipulando a Justiça.

A reportagem da "Folha" diz que o áudio entregue por Joesley tem cortes, segundo um perito contratado pelo jornal.

A "Folha" afirma que “a perícia concluiu que a gravação sofreu mais de 50 edições”. O laudo foi feito por Ricardo Caires dos Santos, perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Ao jornal, ele disse que o áudio tem “indícios claros de manipulação, mas "não dá para falar com que propósito". Em entrevista à "Folha", outro perito, Ricardo Molina, declarou que a gravação é de baixa qualidade técnica e diz que “percebem-se mais de 40 interrupções, mas não dá para saber o que as provoca. Pode ser um defeito do gravador, pode ser edição, não dá para saber", diz Molina.

Ainda segundo a reportagem da "Folha de S.Paulo", “no momento mais polêmico do diálogo, quando, segundo a PGR, Temer dá anuência a uma mesada de Joesley a Cunha, a perícia feita por Ricardo Caires dos Santos não encontrou edições. O trecho, no entanto, segundo o perito, apresenta dois momento incompreensíveis, prejudicados por ruídos.

O jornal "O Estado de S. Paulo" também aborda o tema, na edição deste sábado, com um perito que diz que “detecta 14 'cortes' em áudio de conversa entre Temer e empresário, mas que, segundo o jornal, também “não vê, no entanto, 'fragmentações' no intervalo em que Eduardo Cunha é citado”. Ao "Estadão", o perito Marcelo Carneiro de Souza disse que “os 14 trechos em que o perito encontrou possíveis edições estão entre o 14º minuto e o 34º minuto do áudio. Essa parte da gravação não inclui o trecho em que Joesley fala que está segurando dois juízes e um procurador. Essa parte da gravação foi confirmada pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, no próprio dia em que o áudio veio a público, em nota afirmando que "o presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem". Segundo a nota, "o presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados".

O presidente Temer encaminhou a gravação que Joesley fez da conversa com ele para o serviço de inteligência da Presidência da República. Ele quer saber se o material gravado está íntegro ou tem cortes. Em nota oficial, a Procuradoria-Geral da República informou que foi feita uma avaliação técnica da gravação da conversa do dono da JBS com o presidente Temer e concluiu que o áudio revela uma conversa lógica e coerente. E que a gravação anexada ao inquérito do STF é exatamente a entregue pelo colaborador. E que sua integridade poderá ser verificada no processo.

[política] Joesley pediu ‘pelo amor de Deus’ para Aécio parar de pedir dinheiro

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República no âmbito de sua delação premiada, o empresário Joesley Batista disse que em 2016 chegou a pedir para um preposto do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que pelo amor de Deus ele parasse de pedir dinheiro.

“Em 2016, um dia na casa dele ele me pediu 5 milhões e eu não dei. Logo depois começou (sic) as investigações contra mim e eu chamei aquele amigo dele, Flávio, e pedi pro Flávio para pedir a ele para, pelo amor de Deus, parar de me pedir dinheiro”, disse Batista.

A afirmação foi feita quando o empresário passou a descrever pagamentos feitos por ele ao senador tucano. Joesley iniciou o tópico “Aécio” descrevendo que conheceu o senador durante a campanha de 2014. “Fomos o maior doador da campanha dele”, disse

O empresário relatou que já no ano seguinte à eleição, Aécio continuou pedindo dinheiro com a justificativa de que era para arcar com dívidas de campanha.

Ele descreveu o repasse de R$ 17 milhões ao senador por meio da compra superfaturada de um prédio em Belo Horizonte, de propriedade de um aliado do senador.

“Precisava de R$ 17 milhões e tinha um imóvel que dava para fazer de conta que valia R$ 17 milhões”, disse. Segundo o empresário foi Aécio quem indicou o imóvel.

Questionado por um procurador se tratava-se de um superfaturamento do imóvel para justificar esse repasse de dinheiro, o empresário disse: “Sem dúvida. Não estávamos atrás de comprar um prédio em Belo Horizonte.”

Fonte: Agência Estado

[polícia] Jovem de apenas 21 anos é encontrado morto a tiros em Apodi


Na manhã deste sábado (20), populares que residem nas proximidades da Barragem Júlio Marinho, em Apodi, também conhecida como Barragem do Poço Vermelho, encontraram um corpo com marcas de tiros. Trata-se do jovem Romério da Silva Lima, de 21 anos.

Segundo testemunhas, o crime teria sido registrado ainda na noite de sexta-feira (19), quando foram ouvidos vários disparos de arma de fogo na localidade, entretanto, o cadáver só foi encontrado no dia seguinte.

A Polícia Militar foi acionada para fazer o isolamento do corpo até a chegada do ITEP.

[política] Delator diz que dinheiro da JBS irrigou 1.829 candidatos de 28 partidos

O diretor da JBS Ricardo Saud traçou, em delação premiada, um verdadeiro inventário da propina, com listagem de doações que somam quase R$ 600 milhões para 1.829 candidatos de 28 partidos das mais variadas colorações. Saud detalha que a empresa conseguiu eleger 179 deputados federais de 19 siglas, bancou 28 senadores da República e fez 16 governadores. Apesar do extensa lista de políticos beneficiados, entregue por ele ao MPF, há muitos repasses de valores baixos como R$ 84 e R$ 200.

Ele alerta o procurador, no depoimento filmado, que praticamente “tudo é propina”, exceto a quantia ínfima de R$ 15 milhões diante do total de quase R$ 600 milhões. A listagem com valores, cargos, partidos, entre outras informações, foi entregue por Saud aos investigadores: “Estas pessoas estão cientes disso”

Quando o depoimento já estava sendo finalizado, o executivo pede a palavra:

— É importante a gente trabalhar que desses R$ 500 milhões, quase R$ 600 milhões que estamos falando aqui, praticamente, tirando esses R$ 10, R$ 15 milhões aqui, o resto tudo é propina. Tudo tem ato de ofício, tudo tem promessa, tudo tem alguma coisa. Então eu gostaria de deixar registrado que nós demos propina para 28 partidos. Esse dinheiro foi desmembrado para 1.829 candidatos. Eleitos foram 179 deputados estaduais de 23 estados, 167 deputados federais de 19partidos. Demos propina para 28 senadores da República, sendo que alguns disputaram e perderam eleição para governadores e alguns disputaram a reeleição ou eleição para o Senado. E demos propina para 16 governadores eleitos, sendo quatro do PMDB, quatro do PSDB, 3 do PT, 2 do PSB, 1 do PP, 1 do PSD. Foi um estudo que eu fiz, por conta minha (…) Acho que no futuro vai servir. Aqui estão todas as pessoas que receberam propina diretamente ou indiretamente da gente.

— Eu falo direta ou indiretamente pelo seguinte: é muito difícil o cara não estar sabendo que o PT comprou o partido X ou deixou de comprar o partido Y, que o Aécio comprou o partido X ou deixou de comprar o partido Y. Se ele recebeu esse dinheiro, ele sabe de um jeito ou de outro (que) foi de propina. Essas pessoas estão cientes disso — afirmou Saud.

Fonte: O Globo

sexta-feira, 19 de maio de 2017

[política] Delator afirma que Robinson e Fábio Faria receberam R$ 10 milhões da JBS


Em delação firmada com o Ministério Público Federal (MPF), o ex-diretor de relações institucionais da J&F Ricardo Saud disse que a empresa pagou R$ 10 milhões ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e ao filho dele, o deputado federal Fábio Faria (PSD) em 2014. Em troca, os dois políticos teriam firmado o compromisso de privatizar a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), além de facilitar a participação da J&F na privatização da estatal. J&F é o grupo que controla a empresa JBS.

"Eles procuraram a gente, nós fizemos um jantar na casa do Joesley. Nós não tínhamos nada no Rio Grande do Norte, mas nós estávamos montando uma empresa de concessão de águas e esgotos. (...) E lá nós falamos com eles que nós temos interesse muito grande desde que você privatize - nós já tínhamos feito um estudo mais ou menos das empresas que estavam quebradas, assim, de companhia de água e esgoto, que a gente poderia comprar, desde que nós participássemos do edital pra facilitar porque senão ninguém concorria com a OAS e com a Odebrecht Ambiental, era impossível isso. Porque o mesmo dinheiro que tomou da gente tomou das outras duas também falando que ia vender a água e esgoto", disse Ricardo Saud ao MPF.

O executivo diz ainda que, após a eleição, o grupo vai indicar um secretário de estado para "acompanhar tudo de perto".

Segundo ele, parte do dinheiro foi pago como doação de campanha diretamente ao PSD, partido de Robinson e Fábio. Outra parte teria sido paga em "dinheiro vivo" e o restante através de notas fiscais. Ele chegou a detalhar como foi feito o pagamento de R$ 6,1 milhões. O delator disse que foram pagos R$ 1 milhão no dia 3 de outubro de 2014 "carimbado" ao PSD; R$ 1 milhão no dia 17 de outubro de 2014 também ao PSD nacional; R$ 2 milhões em notas fiscais avulsas em 9 de setembro de 2014; R$ 1,2 milhão no dia 22 de agosto de 2014 a um escritório de advocacia; e outros R$ 957.054 foram obtidos em um supermercado em Natal. Segundo o Ricardo Saud, o próprio deputado federal Fábio Faria foi buscar esse último montante.

Em nota conjunta, Robinson Faria e Fábio Faria informaram que conheceram a JBS no período eleitoral e confirmam que receberam "doações da empresa citada, somente durante o período de eleições, oficialmente, legalmente, devidamente registradas na Justiça Eleitoral e sem qualquer contrapartida nem ato de ofício". A nota ressalta ainda que Robinson Faria "não pretende e nem irá privatizar a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern)".

[política] VÍDEO: Delator diz que mandou R$ 500 mil em propina do PT para a Senadora Fátima Bezerra



[política] Em transcrição de áudio da PF, Aécio pede ajuda a Gilmar Mendes sobre lei de abuso de autoridade

A Polícia Federal apresentou registros de uma conversa telefônica entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) combinando supostas articulações para a tramiação do projeto de lei que endurece as punições para autoridades que cometem abuso. A gravação foram feitas, segundo a PF, dentro das investigações da Operação Patmos, que tem como foco endereços e pessoas ligadas a Aécio no Rio, em Brasília e em Belo Horizonte.

O projeto foi aprovado pelo Senado Federal no fim da tarde do dia 26 de abril. Na manhã do mesmo dia, a Polícia Federal gravou uma chamada telefônica feita por Aécio Neves para Gilmar Mendes, na qual Aécio pede a ajuda do ministro do STF para convencer o senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA) a acompanhar o voto de Aécio. O objetivo, segundo afirmou Aécio na conversa, é “dar uma satisfação para a bancada”.

Leia a nota divulgada na tarde desta sexta-feira (19) pelo ministro Gilmar Mendes: “Desde 2009 o ministro Gilmar Mendes sempre defendeu publicamente o projeto de lei de abuso de autoridade, em palestras, seminários, artigos e entrevistas, não havendo, no áudio revelado, nada de diferente de sua atuação pública. Os encontros e conversas mantidas pelo ministro Gilmar Mendes são públicos e institucionais.”

A chamada começou às 9h29 e durou um minuto e 36 segundos. Leia a transcrição completa feita pela Polícia Federal:

Aécio Neves: Oi, Gilmar. Alô.
Gilmar Mendes: Oi, tudo bem?
Aécio: Você sabe um telefone que você poderia dar que me ajudaria na condução lá. Não sei como é sua relação com ele, mas ponderando… Enfim, ao final dizendo que me acompanhe lá, que era importante… Era o Flexa, viu? [Aécio se referia ao senador Flexa Ribeiro]
Gilmar: O Flexa, tá bom, eu falo com ele.
Aécio: Porque ele é o outro titular da comissão, somos três, sabe?… Né…
Gilmar: Tá bom, tá bom. Eu vou falar com ele. Eu falei… Eu falei com o Anastasia e falei com o Tasso… Tasso não é da comissão, mas o Anastasia… O Anastasia disse “Ah, tô tentando… [incompreensível]…” e…
Aécio: Dá uma palavrinha com o Flexa… A importância disso e no final dá sinal para ele porque ele não é muito assim… De entender a profundidade da coisa… Fala ó… Acompanha a posição do Aécio porque eu acho que é mais serena. Porque o que a gente pode fazer no limite? Apresenta um destaque para dar uma satisfação para a bancada e vota o texto… Que vota antes, entendeu?
Gilmar: Unhum.
Aécio: Destaque é destaque é destaque… Depois não vai ter voto, entendeu?
Gilmar: Unhum. Unhum.
Aécio: Pelo menos vota o texto e dá uma…
Gilmar: Unhum.
Aécio: Uma satisfação para a ban… Para não parecer que a bancada foi toda ela contrariada, entendeu?
Gilmar: Unhum.
Aécio: Se pudesse ligar para o Flexa aí e fala…
Gilmar: Eu falo pra com ele… E falo com ele… Eu ligo pra ele… Eu ligo pra ele agora.
Aécio: …[incompreensível]… importante
Gilmar: Ligo pra ele agora.
Aécio: Um abraço.

Logo em seguida, às 9h31, Aécio liga para o senador Flexa Ribeiro e mantém a seguinte conversa, que durou 45 segundos:

Aécio Neves: Um amigo nosso em comum que você vai ver quem é… Está tentando te ligar… Aí você atende ele, tá? Um cara importante aí que você vai ver que é.
Flexa Ribeiro: Tá bom.
Aécio Neves: …[incompreensível]… no seu gabinete para fazer umas ponderações, aí você encontra comigo, tá bom?
Flexa Ribeiro: Tá ok então, um abraço.
Aécio Neves: …[incompreensível]… na CCJ.
Flexa Ribeiro: Então tá.

Fonte: G1

[política] JBS ajudou a financiar campanhas de 1.829 candidatos de 28 partidos

Apostando em um futuro bom relacionamento com prováveis candidatos que fossem eleitos em 2014, a J&F (holding controladora do grupo JBS) destinou mais de R$ 500 milhões para ajudar a eleger governadores, deputados estaduais, federais e senadores de todo o país, segundo os delatores.  Em um dos depoimentos que prestou ao Ministério Público Federal (MPF), com quem firmou acordo de delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor de Relações Institucionais e Governo da J&F, Ricardo Saud, entregou um levantamento detalhado em que aponta todos os candidatos financiados pela empresa.

De acordo com Saud, o total em dinheiro repassado por meio de “pagamentos dissimulados” alimentou as campanhas de 1.829 candidatos. Destes, 179 se elegeram deputados estaduais em 23 unidades da federação e 167, deputados federais por 19 partidos.

O delator não deixa claro quais pagamentos foram feitos via caixa 2 e quais foram doações oficiais. No depoimento, divulgado após a retirada do sigilo da delação, ele dá a entender que os valores citados se referem apenas às campanhas de 2014. Em outro depoimento, o dono da JBS, Joesley Batista, também afirmou que a maioria das doações feitas pela empresa tratava-se de propina disfarçada por contrapartidas recebidas.

“Doamos propina a 28 partidos”, contou Saud, admitindo que os mais de R$ 500 milhões destinados a agentes públicos para as eleições de 2014 formavam um “reservatório de boa vontade”. “Era para que eles não atrapalhassem a gente", afirmou.

O delator cita ainda que foram distribuídas "propina para 16 governadores eleitos e para 28 candidatos ao Senado que disputavam a eleição, a reeleição ou a eleição para governador”, acrescentou. Segundo ele, os governadores eleitos pertenciam ao PMDB (4), PSDB (4), PT (3), PSB (3), PP (1) e PSD (1).

Ao entregar a documentação aos procuradores, Saud enfatizou a importância do “estudo” que fez por sua própria conta. “Acho que, no futuro, isso aqui vai servir. Aqui estão todas as pessoas que direta ou indiretamente receberam propina da gente.” Os documentos liberados pelo STF não trazem a lista de todos os nomes que fariam parte deste levantamento aponta por Saud.

[cotidiano] 'Viúva negra' é condenada pelo assassinato do quinto companheiro no RN

 Maria Nazaré Felix de Lima foi condenada a 7 anos de prisão (Foto: Portal 190rn)
Maria Nazaré Félix de Lima, conhecida como 'viúva negra', foi condenada nesta quinta-feira (18) pelo assassinato do quinto companheiro. O crime aconteceu no dia 26 de julho de 2015, no município de Ielmo Marinho, na Grande Natal. Maria foi condenada a sete anos de prisão em regime fechado por homicídio simples.

De acordo com o depoimento da acusada à polícia, ela matou o companheiro Francisco Garcia da Silva, o 'Tico', em 2015, a pauladas. Ela disse ainda que cometeu o crime porque o companheiro batia nela.
Fonte: G1RN

[polícia] Boca de fumo é assaltada na Baixada Fluminense

É em momentos como este que vemos que a coisa está mesmo feia. Na comunidade de São Simão, em Queimados, município da Baixada Fluminense, uma boca de fumo foi assaltada. É isso mesmo. Os relatos, que começaram via internet e foram publicados mais tarde no jornal Destaque da Baixada, são de que um casal em um carro teria parado na boca de fumo no começo da tarde do último domingo (14) e anunciado o assalto a um dos traficantes.


Não chegaram a mostrar armas, mas o rapaz entregou toda a carga da boca de fumo para o casal de carro, que fugiu sem deixar pistas. O tráfico local é liderado pela facção criminosa Comando Vermelho, que virou piada local nas redes sociais. Não tá fácil pra ninguém mesmo, é oficial.
Fonte: Surrealista

[educação] Candidatos têm até hoje para se inscrever no Enem

Hoje (19) é o último dia de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os interessados têm até as 23h59, no horário de Brasília, para se inscrever pela internet, no site do Enem. Aqueles que já fizeram a inscrição têm até o fim do prazo para fazer alguma alteração no cadastro, como por exemplo, a cidade em que desejam fazer as provas.

Até a noite de ontem (18), segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 5,62 milhões haviam concluído a inscrição. A expectativa é que os inscritos cheguem a 7 milhões. As provas serão aplicadas em dois domingos consecutivos, nos dias 5 e 12 de novembro.

Para concluir a inscrição, o candidato deve pagar a taxa de R$ 82. O prazo para pagamento vai até o dia 24 deste mês. Pelas regras do edital, estão isentos da taxa os estudantes de escolas públicas que concluirão o ensino médio este ano, os participantes de baixa renda que integram o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e os que se enquadram na Lei 12.799/2013 que, entre outros critérios, isenta de pagamento aqueles com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.405,50.

Os candidatos que solicitarem algum atendimento especializado ou específico, além da isenção da taxa do exame, deverão estar atentos aos documentos comprobatórios. Este ano, serão exigidos laudos médicos, que deverão ser enviados em formato digital pelo próprio sistema, além de outras informações, como o Número de Identificação Social (NIS), que comprove que o participante integra o CadÚnico.

O atendimento especializado é concedido àqueles que comprovarem, por informação do código de Classificação Internacional de Doenças (CID) e inserção de laudo médico, condições de autismo, baixa visão, cegueira, deficiência física, deficiência intelectual/mental, déficit de atenção, discalculia, dislexia, surdez, deficiência auditiva, surdocegueira e visão monocular.

Já o Atendimento Específico é garantido a gestantes, lactantes, idosos, estudantes em classe hospitalar e, a partir de 2017, a outras condições específicas, para as quais deverá ser informado o CID. Um exemplo são os participantes diabéticos que usem bomba de insulina.

O resultado das provas poderá ser usado em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Em caso de problema na hora da inscrição, os candidatos podem ligar para o Inep pelo telefone 0800 616161. O atendimento é das 8h às 20h, no horário de Brasília.

[política] Janot acusa Temer de corrupção, obstrução de Justiça e organização criminosa

No pedido de abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer, o procurador-geral da República Rodrigo Janot acusa o mandatário número um do país de envolvimento com pelo menos três crimes : corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa. O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), considerou os indícios levantados pelo procurador-geral consistentes e autorizou a abertura de investigação contra Temer.

“Os elementos de prova revelam também que alguns políticos continuam a utilizar a estrutura partidária e o cargo para cometerem crimes em prejuízo do Estado e da sociedade. Com o estabelecimento de tarefas definidas, o núcleo político promove interações diversas com agentes econômicos, com o objetivo de obter vantagens ilícitas, por meio da prática de crimes, sobretudo com corrupção. Há, pois, também o indicativo da prática do delito organização criminosa previsto na lei 12.850/2013”, afirma Janot.

O empresário Joesley Batista, dono da JBS, entregou ao Ministério Público (MP) gravação em que o presidente dá aval para o empresário comprar, com mesadas, o silêncio do ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo Cunha.

O pedido de abertura de inquérito foi feito a partir da delação premiada dos donos do grupo JBS. Eles revelaram que Temer deu aval para a propina paga ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – que, em troca, não revelaria nada em delação.

Pela Constituição, o presidente da República não pode ser responsabilizado por atos cometidos antes do exercício do mandato. Como os fatos delatados teriam ocorrido depois de Temer ter assumido a presidência da República, não haveria impedimento legal para o início das investigações.

FACHIN NEGA PRISÃO DE AÉCIO

Em decisão nesta quinta-feira, Fachin negou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para prender o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ao contrário da expectativa que se criou nesta quinta-feira, o caso não deverá ser levado ao plenário do tribunal.

Na mesma decisão, o ministro afastou o parlamentar de suas funções, mas o manteve no cargo. Ou seja, o tucano poderá frequentar o Congresso Nacional, mas não está autorizado a votar, por exemplo.

Fonte: O Globo

[política] PF interceptou conversas telefônicas de Temer e de Gilmar Mendes

O STF liberou no início da tarde desta sexta-feira (19) os vídeos (assista aqui) e os documentos da delação do empresário Joesley Batista, dono da J&F, empresa que controla o frigorífico JBS.

Na delação, Joesley Batista afirmou à Procuradoria que seu grupo pagou R$ 500 milhões em doações eleitorais a políticos nos últimos 15 anos. O empresário disse ainda que a pedido de Temer aceitou fazer pagamentos totais de R$ 4,7 milhões, de 2010 a março de 2017.

PF interceptou conversas telefônicas de Temer e de Gilmar Mendes

Com ordens judiciais emitidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na Operação Patmos, a Polícia Federal interceptou pelo menos uma conversa telefônica entre o presidente Michel Temer e seu ex-assessor e homem de confiança, o atual deputado federal Rodrigo Loures (PMDB-PR) –flagrado recebendo R$ 500 mil

Na conversa, Temer fala com Loures sobre uma expectativa que o deputado federal tinha a respeito de novas regras para o setor de portos. Outra ligação interceptada ocorreu entre o ministro do STF, Gilmar Mendes, e o senador Aécio Neves (PSDB). Segundo o relatório policial sobre essa conversa, ocorrida no dia 26 de abril, Aécio “pediu ao ministro [Mendes] para que telefonasse para o senador Flexa Ribeiro.

Nesse diálogo, o senador investigado [Aécio] pede que o magistrado converse com Flexa Ribeiro para que este siga a orientação de voto proposta por Aécio”. A referência é à votação do projeto que tratava de “abuso de autoridade” em discussão no Congresso Nacional.

Os documentos revelam que os aparelhos telefônicos de Aécio e de Loures estavam sob interceptação judicial –ou seja, os grampos não ocorreram nos telefones de Gilmar Mendes e de Michel Temer. Relatórios sobre essas ligações constam de documentos liberados por ordem do ministro do STF, Edson Fachin, nesta sexta-feira (19).

Fonte: Folha de São Paulo

[política] Delatores da JBS relatam pagamentos de US$ 80 mi em propina para Lula e Dilma; Guido Mantega, o intermediário

Delatores do grupo JBS, o empresário Joesley Mendonça Batista e o diretor de Relações Institucionais, Ricardo Saud, relataram pagamentos de US$ 80 milhões em propina “em favor” dos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, “mediante depósitos em contas distintas no exterior”.

As informações constam em despacho do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte. Segundo o relato, Lula teria recebido “vantagens indevidas” na ordem de US$ 50 milhões. Já Dilma ,seria a destinatária de US$ 30 milhões.

O ex-ministro Guido Mantega, que atuou nos governos Lula e Dilma, atuaria como intermediário dos pagamentos. Os negócios seriam realizados no âmbito do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), da Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social) e da Funcef (Fundação dos Economiários Federais), “com objetivo de beneficiar o grupo empresarial JBS.

Fachin ainda relata que, segundo os colaboradores, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto “solicitou a Joesley Batista a disponibilização de uma conta bancária no exterior para o depósito de valores, com a abertura de uma planilha de conta corrente para que os pagamentos fossem realizados mediante (a) notas fiscais com conteúdo e datas ideologicamente falsos; (b) em dinheiro; (c) depósitos em contas no exterior; (d) doações eleitorais dissimuladas”.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também relatou, de acordo com o despacho de Fachin, que o dono do grupo JBS confessou ter repassado R$ 30 milhões ao ex-ministro Antônio Palocci, preso no âmbito da Lava Jato, a pretexto da campanha de Dilma à Presidência em 2010.

Fonte: UOL

[polícia] Sobrevivente de chacina no RN se apresenta à polícia, confessa assaltos e confirma ser o verdadeiro alvo da matança

O verdadeiro alvo da chacina ocorrida na noite da terça-feira (16) na zona rural de Serra do Mel, município da região Oeste potiguar, se apresentou à Polícia Civil nesta quinta-feira (18). De acordo com o delegado Caetano Baumann, responsável pelo caso, além de o homem confirmar que era ele quem os criminosos queriam matar, o sobrevivente também admitiu que vinha recebendo ameaças pelo fato de ser o responsável por vários assaltos na região. Contudo, ele disse que não sabe quem são os assassinos. Após prestar depoimento, o homem foi liberado.

Ao G1, o delegado acrescentou que vai abrir um inquérito para apurar os roubos que o homem admitiu ter cometido, que também vai investigar as ameaças que ele diz ter recebido, além de seguir com os trabalhos em busca dos assassinos. Contudo, ainda segundo Baumann, o homem não será incluído em nenhum programa de proteção à testemunha. "Não temos programas desta natureza aqui", afirmou.

Na chacina, foram mortos: Anderson Damião Lopes Firino, de 19 anos, natural de São Paulo (SP); a mulher dele, Eudileuza de Jesus Santos, de 19 anos, natural de Aurelino Leal (BA); José Orlando Silva, de 32 anos, natural de Severiano Melo (RN); Felipe Ferreira de Lima, de 19 anos, natural de Natal (RN); Diogo João de Lima Oliveira, de 18 anos, natural de Major Sales (RN); e Francisco Luigi da Silva, de 15 anos, também natural de Major Sales (RN).

Sobre os mortos, o delegado complementou: “Estavam na hora errada e no lugar errado”, afirmou.

Fonte: G1RN

[política] JBS mantinha conta na Suíça com R$ 300 milhões em propina do PT

A JBS depositou cerca de R$ 300 milhões em propina devida ao PT numa conta secreta controlada por Joesley Batista na Suíça, cuja empresa de fachada, titular oficial da conta, era sediada no Panamá. O saldo dessa conta de propina era gerado aos poucos, em razão de vantagens ilegais obtidas pela JBS junto ao BNDES, sempre na gestão do PT – especialmente nos anos em que Luciano Coutinho presidia o banco. Era uma conta-corrente de propina dividida, nas planilhas da JBS, entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As informações foram encaminhadas por Joesley à Procuradoria-Geral da República.

Segundo disse Joesley, o dinheiro era sacado, no Brasil, em nome de Lula e por ordem de Lula, às vezes por meio de Guido Mantega – e também em campanhas do PT em 2010 e 2014. Os recursos eram entregues em espécie, depositados em contas de laranjas indicados pelo partido e pelo ex-presidente e, também, transferidos oficialmente para contas oficiais de campanhas. Parte expressiva desse bolo foi usada para comprar o apoio de partidos pequenos na campanha de Dilma em 2014.

Fonte: EXPRESSO ÉPOCA

[política] Ganho da JBS com compra de dólares é mais que suficiente para pagar multa na justiça

"Jogada de Mestre"

O ganho da JBS com a compra de dólares na última quarta-feira, 17, no mercado é mais que suficiente para a companhia quitar a multa fechada no âmbito do acordo de leniência. Se a cifra foi de US$ 750 milhões e há quem diga que chegou a US$ 1 bilhão, o resultado foi de US$ 170 milhões, considerando a alta da moeda americana nesta quinta-feira, 18.

Somado a isso tem ainda os mais de R$ 300 milhões em ações que os controladores da JBS venderam no mês passado. Assim, o total supera, e muito, a multa de R$ 250 milhões. Sorte da JBS que ganhou com a compra dos dólares, azar dos investidores que adquiriram as ações da empresa. O papel ordinário da companhia de alimentos amargou queda de 9,68% na bolsa brasileira, no pregão desta quinta-feira.
Portas fechadas. A movimentação da JBS no mercado de câmbio começou há duas semanas. A companhia recorreu a bancos para pedir limite para hedge para seu patrimônio líquido, de mais de R$ 24 bilhões ao final de março. Alguns, contudo, fecharam as portas para os irmãos Batista. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já notificou a empresa sobre as transações. Procurada, a JBS não comentou. A CVM diz que está fazendo o devido acompanhamento do caso.

Fonte: COLUNA BROAD ESTADÃO

[política] STF autoriza novo inquérito contra o Presidente do Senado


Além do presidente Michel Temer (PMDB), o ministro Edson Fachin autorizou a abertura de um novo inquérito contra o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), no âmbito da Lava Jato.

O ministro Fachin também autorizou o fim do sigilo deste que é o segundo procedimento investigatório aberto contra o chefe do Congresso, mas os detalhes ainda não estão disponíveis no sistema do Supremo Tribunal Federal. Ainda não se sabe se há alguma relação com as informações trazidas pela JBS, que foram homologadas pelo ministro Fachin.

O processo deu entrada no STF em outubro de 2016 como uma petição e estava tramitando de forma sigilosa até esta quarta-feira (17).

Fonte: ESTADÃO

[polícia] PF apreende cerca de R$ 2 milhões na operação desta quinta-feira

Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quinta-feira (18) cerca de R$ 2 milhões na nova fase da Operação Jato que teve o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como um dos alvos.

A operação, batizada de Patmos, foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado expediu 41 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva, informou a Procuradoria Geral da República (PGR), autora dos pedidos.

Entre as medidas autorizadas, estão buscas em endereços residenciais e funcionais de Aécio Neves e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), cujos gabinetes no Congresso Nacional foram ocupados na manhã desta quinta por agentes da Polícia Federal.

Além de dinheiro, foram apreendidos documentos, livros contábeis e fiscais, arquivos eletrônicos, aparelhos de telefone e objetos, que poderão servir como provas em novas investigações.

As diligências foram executadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Paraná e no Distrito Federal e estão ligadas à delação dos donos do grupo J&S, Joesley e Wesley Batista.

Fonte: G1

quinta-feira, 18 de maio de 2017

[política] Presa, irmã de Aécio é fichada no sistema prisional de MG

Presa preventivamente nesta quinta-feira por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), a irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, foi levada pela Polícia Federal ao Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte (MG). A prisão dela foi feita no âmbito da Operação Patmos, desdobramento da Operação Lava Jato e da delação premiada da JBS.

Fotos da Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais no momento em que Andrea ingressou no presídio mostram a empresária sendo “fichada”, identificada sob o número 721032, e vestida com roupas na cor laranja, padrão do sistema prisional mineiro.

As suspeitas são de que Andrea teria pedido dinheiro, em nome do irmão, para o empresário Joesley Batista, antes mesmo que o próprio senador o fizesse. Nesta quarta-feira, o jornal O Globo revelou que, em acordo de delação premiada, o empresário dono da JBS gravou o tucano pedindo 2 milhões de reais sob a justificativa de custear sua defesa na Operação Lava Jato.

Na gravação de Batista, Aécio teria sugerido que o dinheiro fosse entregue a um primo seu. De acordo com O Globo, o presidente do PSDB teria dito ao empresário que o valor custearia o trabalho do advogado Alberto Zacharias Toron. A conversa teria durado 30 minutos e foi gravada em um hotel em São Paulo.

[política] Não há como avançar com reforma da Previdência, diz relator

Não há como avançar com a tramitação da reforma da Previdência nas circunstâncias atuais, disse nesta quinta-feira o relator da proposta na Câmara dos Deputados, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), em nota divulgada à imprensa num momento em que o presidente Michel Temer é alvo de denúncias de ter dado aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.

[política] Temer diz que não renunciará

Michel Temer diz que não renunciará e exige uma investigação rápida. “Se foram rápidos nas gravações clandestinas, devem ser rápidos na investigação.”

“No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo”, declarou.

[política] Aécio anuncia licença da presidência do PSDB e indica Jereissati para função

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) divulgou uma nota no fim da tarde desta quinta-feira 19 na qual anunciou ter se licenciado da presidência do PSDB.

Na mesma nota, Aécio informa ter indicado à Executiva Nacional do PSDB o nome do senador Tasso Jereissati (CE) para exercer a função interinamente.

A divulgação da nota ocorre no mesmo dia em que Aécio foi afastado do mandato de senador por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato.

Fonte: Agência Estado

[economia] Dólar tem maior alta em mais de 14 anos por denúncia contra Temer

O dólar encerrou esta quinta-feira com a maior alta em mais de 14 anos, de 8,15%. O resultado veio após as denúncias envolvendo o presidente Michel Temer, que alimentaram dúvidas sobre as reformas e, consequentemente, sobre a recuperação da economia do Brasil. A moeda americana encerrou o dia cotada a 3,3890 reais na venda.

O mercado reagiu à notícia divulgada na última quarta-feira de que Temer teria sido gravado dando aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Lava Jato. O registro teria sido feito por um dos donos da JBS, Joesley Batista. A notícia também motivou quedas de mais de 10% no Ibovespa durante o dia, o que fez com que a bolsa de valores B3 suspendesse as negociações por trinta minutos.

A valorização do dólar nesta quinta é a maior desde 5 de março de 2003 (+10,4 %), logo no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O salto do dia acabou varrendo a baixa do dólar acumulada no ano até a véspera, de 3,45%.

Na máxima desta quinta-feira, por volta das 10h48, o dólar foi a 3,4400 reais, mas num pregão que teve como característica o baixo volume por conta dos temores dos investidores.

Fonte: Veja

[política] Em Natal, protesto pede saída de Temer e convocação de eleições diretas


Um grupo de manifestantes protesta na Avenida Salgado Filho, em Natal, na tarde desta quinta-feira (18), pedindo a saída do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas.

O ato ocorre após o site do jornal "O Globo" publicar reportagem revelando que o dono da JBS gravou conversa com o presidente na qual foi discutido o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Na tarde desta quinta o presidente Michel Temer fez um pronunciamento e disse que não irá renunciar. "No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo", declarou.

Até às 17h20 a PM não divulgou estimativa de participantes. Os organizadores estimam 3 mil pessoas.

[política] Conheça os políticos do RN citados na delação da JBS

[política] Cunha disse que ficaria conhecido por derrubar dois presidentes


Ao que parece, a profecia de Eduardo Cunha vai se realizar. Em julho de 2016, o Radar On-Line noticiou um diálogo que o ex-deputado teve com um interlocutor brasiliense. Na ocasião, Cunha falou: Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil”.

Por vias tortas, porque não foi ele quem denunciou, o atual presidiário pode ser o artífice da renúncia ou do impeachmeht do presidente Michel Temer. Se o diálogo mostrar o aval de Temer para comprar o seu silêncio, o Brasil terá dois presidentes derrubados em um ano. Ambos por obra de Cunha.

[política] “Não tenho como não pensar que não mandaram matar meu pai”, escreve filho de Teori em rede social

Em um post publicado no Facebook nesta quarta-feira (17), apagado logo depois, o filho do ex-ministro do STF Teori Zavascki, Francisco Prehn Zavascki, acusa o PMDB de tentar barrar a Operação Lava-Jato a qualquer custo.

“Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?”, postou.

Francisco afirma que Teori, morto num acidente aéreo em Parati em 19 de janeiro de 2017, sabia o quanto cada um estava afundando no mar de corrupção e não era por acaso que o pai estava aflito com o ano de 2017.

“Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!”, escreveu.

No texto, Francisco também lembrou o dia do velório do pai, quando o presidente Michel Temer viajou até Porto Alegre acompanhado, entre outros, do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do senador José Serra (PSDB-SP).

“Que gente sínica [sic]. Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o ‘cortejo dos delatados'”.

Francisco pediu desculpas pelo desabafo e concluiu dizendo: “Não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!”.

Leia abaixo a transcrição na íntegra do post:

O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava jato.

A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentando nada), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.

O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?

O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundando nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão afilho [sic] com o ano de 2017.

Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!

Que gente sínica [sic]. Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o “cortejo dos delatados”.

Impeachment já!

Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!

Fonte: ZERO HORA

[política] Fachin negou pedido de prisão e não levará caso de Aécio ao plenário; senador está afastado de mandato

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e não levará para o plenário a decisão sobre o assunto.

O plenário só avaliará o caso se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor do pedido, decidir recorrer da decisão de Fachin.

O ministro mandou afastar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), do mandato de senador.

Fonte: G1

[política] Temer diz que não renuncia e quer ver a fita da sua conversa com Joesley

” Ir à luta”, esta é a palavra de ordem transmitada agora por um dos ministros presentes à reunião que acabou há pouco no gabinete do presidente Temer. ” Renúncia, nem pensar”, acrescentou.

” O presidente quer ver a fita da sua conversa com Joesley”, insistiu o ministro. Temer considerou um absurdo um presidente da República ser gravado. É a segunda vez que manifesta essa estraheza. A primeira foi quando foi gravado pelo seu então ministro da Cultura.

A ordem interna é resistir e transmitir clima de normalidade.

O ministro repetiu várias vezes a frase: ” O presidente quer ver a fita”.

[política] “Se a JBS delatar, será o fim da República”, diz Eduardo Cunha

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) se mostrou ‘apreensivo’ esta semana com a possibilidade de vazamento do teor das delações dos executivos do Grupo JBS. Em conversa com interlocutores, ele afirmou que “se a JBS delatar, será o fim da República”.

Condenado a 15 anos e quatro meses de prisão na Operação Lava Jato, o peemedebista está recolhido no Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, desde outubro de 2016, por ordem do juiz federal Sérgio Moro.

Cunha também comentou a interlocutores que as delações da empreiteira Odebrecht seriam ‘pequenas causas’ se comparadas ao teor das revelações dos controladores do Grupo JBS.

O ex-parlamentar não comentou se estaria envolvido em esquemas de corrupção com os novos delatores.

Fonte: ESTADÃO

[política] Vejam os políticos potiguares que receberam recursos da JBS em 2014

A JBS foi a maior doadora de todas as campanhas eleitorais no Brasil em 2014. No RN ela também foi fundamental e somando todas as doações, também foi a principal doadora.

Vejam quanto a JBS doou para cada candidatura nas eleições de 2014 no estado.

Henrique Alves do PMDB declarou gastos em 2014 de R$ 26,1 milhões, desses R$ 2,75 milhões vieram dos cofres da empresa dos irmãos Batista.

Robinson Faria do PSD declarou gastos em 2014 de R$ 12,9 milhões, desses R$ 7,7 milhões vieram dos cofres da empresa dos irmãos Batista.

Fátima Bezerra do PT declarou gastos em 2014 de R$ 3,4 milhões, desses R$ 1,165 milhão vieram dos cofres da empresa dos irmãos Batista.

O Deputado Federal Fábio Faria do PSD recebeu R$ 1,1 milhão, o Deputado Federal Beto Rosado do PP recebeu R$ 400 mil, Felipe Maia do DEM recebeu R$ 85 mil da JBS e Antônio Jácome na época no PMN recebeu R$ 70 mil.

A Deputada Estadual Larissa Rosado do PSB foi quem recebeu mais da empresa para a eleição de Deputado Estadual, ela recebeu R$ 200 mil, seguida do Deputado Estadual Fernando Mineiro do PT, que recebeu R$ 165 mil, o Deputado José Adécio do DEM recebeu R$ 100 mil, mesmo valor dos Deputado Estadual Kelps Lima do SD e Nelter Queiroz do PMDB com R$ 100 mil. Os Deputados Souza Neto do PHS recebeu R$ 50 mil e o Deputado Jacó Jácome na época no PMN recebeu R$ 30 mil.

Todas as doações da JBS aos candidatos em 2014 foram feitas ou através dos diretórios nacionais dos partidos de cada um, dos diretórios estaduais ou em doações diretas.

Todas as contas dos candidatos que receberam recursos da empresa no RN, foram aprovadas pelo TRE.

RESUMO:

14 políticos potiguares receberam recursos diretamente ou indiretamente através de diretórios da JBS em 2014.

HENRIQUE ALVES – R$ 2,75 milhões

ROBINSON FARIA – R$ 7,7 milhões

FÁTIMA BEZERRA – R$ 1,165 milhão

FÁBIO FARIA – R$ 1,1 milhão

BETO ROSADO – R$ 400 mil

FELIPE MAIA – R$ 85 MIL

ANTÔNIO JÁCOME – R$ 70 MIL

LARISSA ROSADO – R$ 200 MIL

FERNANDO MINEIRO – R$ 165 MIL

JOSÉ ADÉCIO – R$ 100 MIL

KELPS LIMA – R$ 100 MIL

NELTER QUEIROZ – R$ 100 MIL

SOUZA NETO – R$ 50 MIL

JACÓ JÁCOME – R$ 30 MIL

[política] Após delação, procurador é preso e PF cumpre mandados na sede do TSE


A Polícia Federal foi ao Tribunal Superior Eleitoral nesta quinta-feira (18) cumprir mandados de busca. A intenção é encontrar documentos que possam servir de prova contra o procurador da República Ângelo Goulart Villela, que trabalha na Corte Eleitoral, e que foi preso pela corporação pela manhã. A defesa dele não foi localizada. Acompanhe aqui a cobertura ao vivo.

Segundo a assessoria de imprensa do TSE, o procurador foi preso por suposto envolvimento com a operação Greenfield – que apura fraudes em fundos públicos de pensão e favorecimento a uma empresa de celulose controlada pelo conglomerado J&F, que também abarca o frigorífico JBS.

As buscas da PF no TSE se resumiram apenas à sala de Ângelo Goulart Villela, no quinto andar do prédio. Foram procuradas informações no computador dele.

De acordo com a página do tribunal na internet, Villela é "membro auxiliar" na Procuradoria-Geral Eleitoral. Pelo regimento, o procurador auxiliar é "aquele que, em razão da necessidade de serviço, poderá ser designado pelo procurador-geral Eleitoral, dentre os membros do Ministério Público Federal, para oficiar perante os tribunais regionais eleitorais".

[justiça] Fachin manda afastar Aécio do mandato de senador e decide enviar ao plenário do STF pedido de prisão

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), mandou afastar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), do mandato de senador. O magistrado, no entanto, optou por não decretar monocraticamente o pedido apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o parlamentar tucano.

No despacho, conforme apurou a TV Globo, Fachin decidiu submeter ao plenário do Supremo o pedido de prisão de Aécio solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Endereços ligados ao parlamentar tucano também são alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (18) no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Brasília.

O relator da Lava Jato determinou ainda que o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) seja afastado da Câmara. Fachin, a exemplo do que decidiu em relação a Aécio, também preferiu enviar ao plenário do tribunal o pedido da PGR para prender o deputado do PMDB.

Aécio Neves é gravado pedindo R$ 2 milhões para pagar defesa na Lava-Jato, revela delação

Reportagem publicada nesta quarta (17) no site do jornal "O Globo" revelou que o dono do frigorífico JBS Joesley Batista entregou à Procuradoria Geral da República uma gravação na qual Aécio pede ao empresário R$ 2 milhões.

No áudio gravado por Joesley, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. O senador tucano é alvo de seis inquéritos no Supremo relacionados à Lava Jato.

O jornal também informou que Rocha Loures recebeu propina do dono do frigorífico JBS entregou uma gravação feita em 7 de março deste ano em que o presidente da República, Michel Temer, indica o deputado do PMDB para resolver assuntos da holding J&F no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Rocha Loures já foi chefe de Relações Institucionais da Presidência, quando Temer era vice-presidente. Após o impeachment de Dilma Rousseff, o parlamentar peemedebista atuou como assessor especial da Presidência. Ele assumiu uma cadeira na Câmara no momento em que o Osmar Serraglio (PMDB-PR) deixou o parlamento para assumir o comando do Ministério da Justiça.

A reportagem relata que o dono da JBS marcou um encontro com Rocha Loures em Brasília e contou o que precisava no Cade. Pelo serviço, segundo 'O Globo', Joesley ofereceu propina de 5% e Rocha Lores deu o aval.

O G1 ainda não conseguiu contato nesta quinta-feira com a assessoria de Aécio Neves. Na noite desta quarta, a assessoria de imprensa do parlamentar mineiro afirmou que ele "está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos".

O Senado informou à TV Globo que, até o momento, ainda não recebeu oficialmente o mandado do ministro do Supremo que mandar afastar Aécio do parlamento.

Irmã de Aécio
Além de afastar o senador do PSDB, Fachin expediu um um mandado de prisão contra a irmã e assessora de Aécio, Andréa Neves. Ela foi presa pela PF em Minas Gerais.

Segundo a TV Globo apurou, um procurador da República foi preso e há mandados contra pessoas ligadas ao deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No Rio, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços: os apartamentos de Aécio e da irmã dele e o imóvel de Altair Alves Pinto, conhecido por ser braço direito de Cunha.

O procurador da República Ângelo Goulart Villela, que atua no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi preso na manhã desta quinta pela Polícia Federal. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da Corte eleitoral, em Brasília.

Fachin também expediu mandado de prisão contra o advogado Willer Tomaz, que é ligado a Eduardo Cunha. 

[justiça] PF e MPF cumprem mandados em endereços ligados a Aécio Neves no Rio


A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumprem nesta quinta-feira (18) mandados de buscas e apreensão em imóveis ligados ao senador Aécio Neves no Rio, em Brasília e em Minas Gerais, e no gabinete dele, no Congresso. Agentes cumpriram um mandado de prisão contra a irmã dele, Andréa Neves, em Belo Horizonte.

O procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu também a prisão do senador Aécio Neves, mas o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, concedeu apenas o afastamento do cargo de senador e as buscas. Segundo o ministro, a prisão é assunto para o plenário.

Um procurador da República foi preso, em Brasília, e há mandados contra pessoas ligadas ao ex-deputado federal Eduardo Cunha. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que também pediu o afastamento de Aécio do mandato.

A operação teve início após a delação do dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação do senador Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões. As informações foram antecipadas pelo jornal "O Globo".

O senador já responde a seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal. O G1 tentou ligar para uma assessora de Aécio Neves, mas o telefone estava desligado. Também não conseguimos contato com os outros citados na reportagem.

Além de Aécio, também são alvos desta operação os gabinetes do senador Zezé Perrela (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

Em São Paulo, há buscas em imóvel do coronel João Batista Lima Filho.

A PF está também na porta da casa de Aécio, em Belo Horizonte, na Rua Samuel Pereira, e faz buscas ainda em fazendas da família Neves em Minas Gerais. A casa do senador em Brasília também é alvo de buscas.

No Rio, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços. Além dos apartamentos do senador Aécio, em Ipanema, e da sua irmã, em Copacabana, os policiais foram à Tijuca, no imóvel de Altair Alves Pinto, conhecido por ser braço direito do deputado Eduardo Cunha.

Agentes da PF entram no apartamento do senador Aécio Neves (PSDB) em Ipanema

Por volta das 6h15, pelo menos cinco carros descaracterizados da Polícia Federal chegaram à chapelaria do Congresso, em Brasília, que é a principal entrada e a mais utilizada pelos parlamentares.

O procurador da República Ângelo Goulart Villela foi preso e há mandado de prisão contra o advogado Willer Tomaz, que é ligado a Eduardo Cunha. A PF também faz buscas no Tribunal Superior Eleitoral, onde atua Villela.

No apartamenteo de Aécio em Ipanema, um chaveiro foi chamado para auxiliar o trabalho dos agentes, já que ninguém foi encontrado para abrir a porta. Por volta das 6h25, os agentes conseguiram entrar no apartamento após acionar um chaveiro para abrir a porta. O funcionário de um hotel que fica ao lado do edifício foi chamado para servir de testemunha. Após a abertura, foi confirmado que o imóvel estava vazio.

No apartamento de Andréa, em Copacabana, também na Zona Sul do Rio, os agentes não localizaram ninguém e até as 7h10 não tinham conseguido entrar no imóvel.

Chaveiro é chamado para abrir apartamentos de Aécio e irmã

Pouco antes das 6h, os agentes chegaram na casa de Altair, na Rua Conselheiro Olegário, número 20, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Os policiais pretendem cumprir mandado de busca e apreensão no local.

Altair já trabalhou no gabinete do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e também no gabinete de outros deputados ligados ao ex-presidente da Câmara. Ele já foi apontado por Fernando Baiano por ser o responsável por transportar propinas para Cunha. Os agentes também chamaram um chaveiro para abrir a porta do imóvel, mas até as 7h ainda não havia informações se os agentes encontraram alguém no imóvel.